No centro de uma qualquer cidade, de um qualquer país. No meio da estrada, uma encruzilhada, quatro estradas possíveis. Um rodopiar suave do olhar enquanto se tenta ver mais além dos primeiros prédios.
Ninguém. Silêncio. Nenhuma influência senão a aparente semelhança de todos os caminhos.
Como escolher?
Nenhum caminho é errado, como o pode ser se não poderia ser de outra maneira? Tudo aquilo que fazemos e somos encaminha-nos para uma certa consequência, as coisas apenas não podem acontecer de outra maneira, pois para isso teríamos de ser pessoas diferentes da que somos, e nós somos apenas nós, indivíduos complicados, abstractos e concretos, subjectivos e semelhantes em tantos aspectos objectivos, influenciáveis por diferentes componentes da nossa vida dependendo do caminho que percorremos até ao momento específico em que temos de fazer determinada escolha.
Fácil.
Escolher, para quê? Apenas porque tem que ser, mas não necessariamente com algum propósito em mente, o que normalmente apreciamos mais na vida são todos os momentos que fugiram ao nosso plano inicial, inesperados, imprevisíveis ou nem tanto, que podemos chamar nossos mesmo sem advirem de um planeamente prévio.
Norte. Sul. Este. Oeste.
Um. Dois. Três. Quatro.
Nomes diferentes, caminhos diferentes, finalidades diferentes, culminares distintos, vidas diferentes, mas apenas uma é a minha.
Qual?
E-S-C-O-L-H-E-R.
Agora?
Já escolheste, escolheste no momento em que o momento surgiu.
M-E-D-O.
Surgiu logo depois de escolheres.
D-Ú-V-I-D-A.
Criação fictícia do medo. Tu sabes o que queres.
Um. Dois. Três. Quatro.
Qual é que vai ser afinal?
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