Conclusão birlhante: não vale a pena fugir e não vale a pena não fazer nada.
São esforços inúteis, até a estaticidade exige mais esforço do que aquele que merece.
Não nos encaminhamos para lado nenhum, independentemente de corrermos sem direcção aparente ou de não nos movermos de todo, a nulidade é a mesma. A questão crucial é que não podemos estar continuamente a fugir, principalmente porque acabamos a fugir de nós próprios mas sendo constantemente perseguidos pela nossa sombra, e ocupando sempre o mesmo metro quadrado não vivemos apenas... As pessoas passam por nós e apenas observamos, incapazes de reagir, petrificados pelo medo, pelas consequências, e se elas nem forem más? A preferência pela estabilidade não se sobrepõe às consequências benéficas que agir tem para nós.
Tudo o que acontece de bom não acontece por acaso, tem subjacente uma decisão de estar naquele lugar, dirigirmo-nos a uma determinada pessoa, pararmos para apertar um atacador olhar para cima e vermos alguém a observar-nos... E nesse instante ver a possibilidade de agir e perder por fracções de segundo o fim do impasse.
Porém o que nos prende a esta ilusão de segurança? As memórias? A verdade é que é mais fácil deixar alguém ir, o pior é lidar com a memórias que ficam, e consequentemente o medo de cair no mesmo padrão absurdo de autocomiseração e masoquismo.
Talvez não seja assim desta vez, mas os arrependimentos pesam-me nos ombros e tenho de decidir, não o que fazer mas quando o fazer.
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