quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Numa situação destas as pessoas dir-me-iam para ultrapassar, que não é nada de mais, que está tudo bem, e no caso de eu reagir exactamente dessa maneira sem o mínimo de constrangimento, embaraço, dor, decerto que reconsiderariam grande parte do que acham que sabem acerca de mim.
A verdade é que a minha reacção foi exactamente essa: a não-reacção. A realidade é que estou bastante feliz, não sei porquê, podemos culpar as minhas últimas leituras, mas nelas constam alguns livros que não se podem chamar de particularmente alegres (como "O rapaz dos olhos azuis" ou mesmo "O Estrangeiro"), pode dever-se à música, mas ultimamente verifica-se uma grande fixação por Band of Horses e Simon and Garfunkel, e as melodias tendem a ser algo melancólicas, porém deixam-me feliz.
Nada mudou, pelo menos não que eu saiba o que me leva a concluir que se trata de uma questão de liberdade, de recomeçar outra vez, ou de simplesmente ficar no mesmo lugar, no mesmo metro quadrado de felicidade.
Sim, soa-me bem...
Não tenho a mínima necessidade de chorar, gritar, espernear ou lutar contra tudo o que está mal na minha vida (que neste momento sou incapaz de enunciar, porque não me ocorre nada) ou até relembrar tudo o que fiz e poderia ter mudado para o resultado ser diferente.
A questão é que é irrelevante fazê-lo, acabando mesmo num exercício inútil, e talvez não fosse amor, eu nunca afirmei perante mim mesma que era, mas era sincero, e regresso à minha teoria de me sentir ainda incapaz de amar, amar mesmo, não aqueles aligeirados romances adolescentes.
Talves isso seja bom, mas neste momento não consigo parar de sorrir e é-me possível afirmar convictamente que ISTO é algo de bom.

Share my happiness today. =)

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