Hoje não me parece natural ser feliz. De repente, sem qualquer razão aparente, sinto toda aquela experiência maravilhosa de ser feliz apenas porque sim, e porque não teria lógica ser de outra maneira, a findar, tomando o seu lugar algo muito mais pesado e ofegante.
Nada está errado, a realidade desenrola-se facilmente, até segundo padrões bastante básicos e controlados.
Não se trata de falta de liberdade, excesso de trabalho, a própria monotonia, é um não me sentir bem apenas porque não o sinto, assim como vivera, anteriormente, o seu antagonista. No entanto, este novo "eu" é muito mais difícil de tolerar que todos os meus outros humores: irrita-se com a mesma facilidade com que decide chorar, não controla críticas, chegando ao cúmulo de as partilhar apenas para observar as reacções, quase não fala, pensa demasiado e a cada reflexão se afunda mais em sombras desconhecidas.
É incompreensível, talvez seja algo com um período de duração semelhante a "apenas por hoje", pois pensamentos mais felizes anseiam por explodir num espectáculo de pirotecnia elaborado no interior da minha mente.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Os piores dilemas com que me cruzei na vida tratam-se de puras encruzilhadasm circunstâncias cujas consequências são basicamente imprevisíveis e incalculadas, em que pensar vezes e vezes no assunto apenas o torna mais fatídico, consumindo-me.
Escolhas aparentemente fáceis alteram-se quando se consideram os seus resultados, levando a questionar que valores merecem superar outros.
Em certas circunstâncias a escolha óbvia é a que garante felicidade imediata, liberdade, que permite sentir que se vive realmente, ou pelo menos, que se está a fazer algo com a sua existência. No entanto, essa escolha pode implicar igualmente não sermos completamente correctos, influenciando não só a nossa felicidade mas igualmente a das restantes pessoas envolvidas, não lhes sendo assegurados iguais benefícios. O que se deve beneficiar? Aquilo a que aparentemente temos direito aceitando que a realidade dos outros vai ser ligeiramente dificultada perante a necessidade própria de descanso, possibilidade de escolha e liberdade?
O que eu preciso não é de descansar, eu preciso de sair de casa, de não ter de me preocupar com os horários de todas as outras pessoas, não ponderar tudo o que marco para os dias seguintes porque provavelmente vou ser necessário num outro lugar. Eu não me queixo, não a quem deveria ouvir provavelmente, e ao dizer isto corro o risco de soar mimada, mas as minhas férias são igualmente merecidas, e o que eu quero mas não quero pedir porque sinto que não devo importunar a vida das outras pessoas, devido às obrigações que tenho para com elas, é tão importante como qualquer outro plano de qualquer outra pessoa.
Eu não peço muito, apenas a possibilidade de não estar limitada e poder ser eu a escolher entre ficar me casa ou não, entre sair até de manhã, dormir em casa de uma amiga, decidir entrar num autocarro e ir a qualquer lado apenas porque sim, pedindo autorização apenas como uma mera formalidade.
A questão é apenas esta: estou farta de me esforçar continuamente e continuar a ser a pessoa que tem de se sacrificar de qualquer maneira, apenas porque me custa pedir algo diferente, por não querer desapontar, por saber que estão a contar comigo, mas não quero isso, quero ter apenas direito à imprudência que é característica da minha idade e a possibilidade de usufruir do meu tempo livre, que considero bem merecido, ao invés de o desperdiçar com um "trabalho" (quase) a tempo-inteiro.
Escolhas aparentemente fáceis alteram-se quando se consideram os seus resultados, levando a questionar que valores merecem superar outros.
Em certas circunstâncias a escolha óbvia é a que garante felicidade imediata, liberdade, que permite sentir que se vive realmente, ou pelo menos, que se está a fazer algo com a sua existência. No entanto, essa escolha pode implicar igualmente não sermos completamente correctos, influenciando não só a nossa felicidade mas igualmente a das restantes pessoas envolvidas, não lhes sendo assegurados iguais benefícios. O que se deve beneficiar? Aquilo a que aparentemente temos direito aceitando que a realidade dos outros vai ser ligeiramente dificultada perante a necessidade própria de descanso, possibilidade de escolha e liberdade?
O que eu preciso não é de descansar, eu preciso de sair de casa, de não ter de me preocupar com os horários de todas as outras pessoas, não ponderar tudo o que marco para os dias seguintes porque provavelmente vou ser necessário num outro lugar. Eu não me queixo, não a quem deveria ouvir provavelmente, e ao dizer isto corro o risco de soar mimada, mas as minhas férias são igualmente merecidas, e o que eu quero mas não quero pedir porque sinto que não devo importunar a vida das outras pessoas, devido às obrigações que tenho para com elas, é tão importante como qualquer outro plano de qualquer outra pessoa.
Eu não peço muito, apenas a possibilidade de não estar limitada e poder ser eu a escolher entre ficar me casa ou não, entre sair até de manhã, dormir em casa de uma amiga, decidir entrar num autocarro e ir a qualquer lado apenas porque sim, pedindo autorização apenas como uma mera formalidade.
A questão é apenas esta: estou farta de me esforçar continuamente e continuar a ser a pessoa que tem de se sacrificar de qualquer maneira, apenas porque me custa pedir algo diferente, por não querer desapontar, por saber que estão a contar comigo, mas não quero isso, quero ter apenas direito à imprudência que é característica da minha idade e a possibilidade de usufruir do meu tempo livre, que considero bem merecido, ao invés de o desperdiçar com um "trabalho" (quase) a tempo-inteiro.
terça-feira, 26 de julho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
jack johnson
Este senhor traz-me um cheirinho a Verão, de um final de tarde calmo, sem fazer mais nada, com uns amigos a ouvir música, e não é preciso mais nada.
domingo, 29 de maio de 2011
miu miu
Adoro estes sapatos. Fora a parte de serem Miu Miu e portanto bastante caros, adorava encontrar uma versão barata neste estilo. Any tips?
sábado, 14 de maio de 2011
qual.
No centro de uma qualquer cidade, de um qualquer país. No meio da estrada, uma encruzilhada, quatro estradas possíveis. Um rodopiar suave do olhar enquanto se tenta ver mais além dos primeiros prédios.
Ninguém. Silêncio. Nenhuma influência senão a aparente semelhança de todos os caminhos.
Como escolher?
Nenhum caminho é errado, como o pode ser se não poderia ser de outra maneira? Tudo aquilo que fazemos e somos encaminha-nos para uma certa consequência, as coisas apenas não podem acontecer de outra maneira, pois para isso teríamos de ser pessoas diferentes da que somos, e nós somos apenas nós, indivíduos complicados, abstractos e concretos, subjectivos e semelhantes em tantos aspectos objectivos, influenciáveis por diferentes componentes da nossa vida dependendo do caminho que percorremos até ao momento específico em que temos de fazer determinada escolha.
Fácil.
Escolher, para quê? Apenas porque tem que ser, mas não necessariamente com algum propósito em mente, o que normalmente apreciamos mais na vida são todos os momentos que fugiram ao nosso plano inicial, inesperados, imprevisíveis ou nem tanto, que podemos chamar nossos mesmo sem advirem de um planeamente prévio.
Norte. Sul. Este. Oeste.
Um. Dois. Três. Quatro.
Nomes diferentes, caminhos diferentes, finalidades diferentes, culminares distintos, vidas diferentes, mas apenas uma é a minha.
Qual?
E-S-C-O-L-H-E-R.
Agora?
Já escolheste, escolheste no momento em que o momento surgiu.
M-E-D-O.
Surgiu logo depois de escolheres.
D-Ú-V-I-D-A.
Criação fictícia do medo. Tu sabes o que queres.
Um. Dois. Três. Quatro.
Qual é que vai ser afinal?
Ninguém. Silêncio. Nenhuma influência senão a aparente semelhança de todos os caminhos.
Como escolher?
Nenhum caminho é errado, como o pode ser se não poderia ser de outra maneira? Tudo aquilo que fazemos e somos encaminha-nos para uma certa consequência, as coisas apenas não podem acontecer de outra maneira, pois para isso teríamos de ser pessoas diferentes da que somos, e nós somos apenas nós, indivíduos complicados, abstractos e concretos, subjectivos e semelhantes em tantos aspectos objectivos, influenciáveis por diferentes componentes da nossa vida dependendo do caminho que percorremos até ao momento específico em que temos de fazer determinada escolha.
Fácil.
Escolher, para quê? Apenas porque tem que ser, mas não necessariamente com algum propósito em mente, o que normalmente apreciamos mais na vida são todos os momentos que fugiram ao nosso plano inicial, inesperados, imprevisíveis ou nem tanto, que podemos chamar nossos mesmo sem advirem de um planeamente prévio.
Norte. Sul. Este. Oeste.
Um. Dois. Três. Quatro.
Nomes diferentes, caminhos diferentes, finalidades diferentes, culminares distintos, vidas diferentes, mas apenas uma é a minha.
Qual?
E-S-C-O-L-H-E-R.
Agora?
Já escolheste, escolheste no momento em que o momento surgiu.
M-E-D-O.
Surgiu logo depois de escolheres.
D-Ú-V-I-D-A.
Criação fictícia do medo. Tu sabes o que queres.
Um. Dois. Três. Quatro.
Qual é que vai ser afinal?
sexta-feira, 13 de maio de 2011
bedside table
Ao Cair da Noite, Michael Cunningham
+
As Horas, Michael Cunningham
+
Featuring, Norah Jones
=
a lovely way to spend an evening
25/04/2011
"Quatro pessoas numa sala. Quatro paredes. Algumas cadeiras. Uma janela que deixa adivinhar o exterior, apresentando-o simultaneamente perto e simultaneamente longe.
Parecia haver um elefante na sala, um grande elefante metafórico a consumir todo o oxigénio que deveria pertencer aos verdadeiros ocupantes daquela divisão, mas no fundo nem eles estão ali.
Um idoso de cabelos grisalhos recordava a guerra, olhando a jovem de cabelos negros sentada à sua frente, uma cópia tão exacta quanto a sua memória era capaz de distinguir. Sim. Aquela menina que ajudara e depois tivera que deixar para trás, a vê-lo partir. Mas teria sido mesmo assim ou morrera a menina nos seus braços? Ou talvez fosse a miragem que o acompanhara nos dias que deambulara perdido no deserto... Mas quando estivera ele no deserto?
A jovem desvia propositadamente o olhar, sentindo-se observada. Sentia os olhos daquele senhor presos nela à espera de uma resposta a uma pergunta não pronunciada. Entretando olhava uma mulher de meia-idade, perfeitamente vestida e penteada, idílica, uma imagem da podre harmonia familiar de que também ela vinha. Esta senhora, provavelmente, também faria biscoitos e cozinhados deliciosos e beijava distraidamente o marido quando lhe entregava o café, esperando que todos saíssem para ser apenas ela, fosse essa pessoa quem fosse, esperando o momento exacto do dia para se encontrar com o seu amante, aceitando a desculpa do marido que, como sempre, às segundas, quartas e sábados tinha muito "trabalho", desculpa essa que camuflava ambos. A sua única obrigação para com a filha seria manter a sua vida aparentemente perfeita, dirigindo-lhe o menor número de palavras e nunca lhe tocando, talvez pela menina mimada e indigna que era...
Que outra menina dessas estaria por detrás de uma senhora como esta? Que outro motivo de humilhação poderia esta senhora esconder se não uma criança como ela própria?
Insere-se a senhora este círculo de fingir não se sentir observada, retirando um pequeno espelho da mala que mantém no colo, retocando lentamente o batom, copiando todos os tiques das antigas divas que aprendera a encenar, mas por quê fazê-lo ali? Sentia a fúria da jovem, decide então focar-se em algo diferente.
Num canto escuro estava menino, algo perdido, olhando constantemente em volta, sem nada encontrar se não o ar, desalinhado, despenteado, algo que ela não permitiria a um filho seu, isto .... se os pudesse ter, se a dádiva que o marido lhe desse fosse mais do que as nódoas negras tão visíveis na sua pele nua, que ela ocultava sempre que saía de casa com camadas de pó-de-arroz que lhe pareciam sempre demasiado finas para esconder toda a sua vergonha. Talvez se levasse aquele menino e fugisse com ele ninguém repararia. Decerto que não. Se ninguém o levasse até ela sair porque não o poderia fazer ela?
O menino não via nada, via branco, ar, paredes, talvez pessoas, mas não sabia referir quem eram ou como eram, não mereciam tanta atenção como aquele elefante que o olhava fixamente, balanceando a sua tromba insistentemente próxima da cara do rapaz que o julgava incapaz de magoar alguém, não com aquela sinceridade nos olhos. Mas como caberia ali um elefante? Talvez já não estivesse na sala, mas não tinha forma de o saber sem desviar os olhos do elefante e era incapaz de o fazer com medo que este se dissipasse no ar como tudo o resto que ele via... Apenas esperava que pelo menos ele não fosse..."
Parecia haver um elefante na sala, um grande elefante metafórico a consumir todo o oxigénio que deveria pertencer aos verdadeiros ocupantes daquela divisão, mas no fundo nem eles estão ali.
Um idoso de cabelos grisalhos recordava a guerra, olhando a jovem de cabelos negros sentada à sua frente, uma cópia tão exacta quanto a sua memória era capaz de distinguir. Sim. Aquela menina que ajudara e depois tivera que deixar para trás, a vê-lo partir. Mas teria sido mesmo assim ou morrera a menina nos seus braços? Ou talvez fosse a miragem que o acompanhara nos dias que deambulara perdido no deserto... Mas quando estivera ele no deserto?
A jovem desvia propositadamente o olhar, sentindo-se observada. Sentia os olhos daquele senhor presos nela à espera de uma resposta a uma pergunta não pronunciada. Entretando olhava uma mulher de meia-idade, perfeitamente vestida e penteada, idílica, uma imagem da podre harmonia familiar de que também ela vinha. Esta senhora, provavelmente, também faria biscoitos e cozinhados deliciosos e beijava distraidamente o marido quando lhe entregava o café, esperando que todos saíssem para ser apenas ela, fosse essa pessoa quem fosse, esperando o momento exacto do dia para se encontrar com o seu amante, aceitando a desculpa do marido que, como sempre, às segundas, quartas e sábados tinha muito "trabalho", desculpa essa que camuflava ambos. A sua única obrigação para com a filha seria manter a sua vida aparentemente perfeita, dirigindo-lhe o menor número de palavras e nunca lhe tocando, talvez pela menina mimada e indigna que era...
Que outra menina dessas estaria por detrás de uma senhora como esta? Que outro motivo de humilhação poderia esta senhora esconder se não uma criança como ela própria?
Insere-se a senhora este círculo de fingir não se sentir observada, retirando um pequeno espelho da mala que mantém no colo, retocando lentamente o batom, copiando todos os tiques das antigas divas que aprendera a encenar, mas por quê fazê-lo ali? Sentia a fúria da jovem, decide então focar-se em algo diferente.
Num canto escuro estava menino, algo perdido, olhando constantemente em volta, sem nada encontrar se não o ar, desalinhado, despenteado, algo que ela não permitiria a um filho seu, isto .... se os pudesse ter, se a dádiva que o marido lhe desse fosse mais do que as nódoas negras tão visíveis na sua pele nua, que ela ocultava sempre que saía de casa com camadas de pó-de-arroz que lhe pareciam sempre demasiado finas para esconder toda a sua vergonha. Talvez se levasse aquele menino e fugisse com ele ninguém repararia. Decerto que não. Se ninguém o levasse até ela sair porque não o poderia fazer ela?
O menino não via nada, via branco, ar, paredes, talvez pessoas, mas não sabia referir quem eram ou como eram, não mereciam tanta atenção como aquele elefante que o olhava fixamente, balanceando a sua tromba insistentemente próxima da cara do rapaz que o julgava incapaz de magoar alguém, não com aquela sinceridade nos olhos. Mas como caberia ali um elefante? Talvez já não estivesse na sala, mas não tinha forma de o saber sem desviar os olhos do elefante e era incapaz de o fazer com medo que este se dissipasse no ar como tudo o resto que ele via... Apenas esperava que pelo menos ele não fosse..."
domingo, 27 de março de 2011
"Esta hora que senti que apenas desapareceu enquanto falávamos, aquela hora ilusória, a noção de acelerar o tempo, de o controlarmos, mas no fundo sabermos que não é bem assim. Acabei de perder uma hora contigo, com a tua voz, com a sensação de te ter aqui. E agora? Posso nunca mais recuperá-la, não ter de volta esta sensação de conforto que me garantes ou toda esta aura de felicidade que os meus poros expelem repentinamente. Não sabemos como será o amanhã, porém sei que de momento o mais importante é concentrar-me nas horas, nas horas que temos, agora, não amanhã ou quando nos puderem devolver esta hora porque isso nunca vai acontecer. Ela foi-nos roubada, é algo irremediável agora e ninguém se responsabilizará por isso e pelo que ambos perdemos neste momento.
O facto de ser já demasiado tarde apesar de não o ser poderia ter-te afastado, mas não o fez, permaneceste aqui, comigo, numa companhia quase que silenciosa, sem o ser, mas eu sei que vais acabar por ir embora, vais sempre, e eu vou continuar aqui, a enfrentar as horas que ainda tenho até adormecer, até acordar, até te ver outra vez. Talvez me pudessem roubar todas essas horas sem que eu me apercebesse sequer, no entanto, os únicos momentos em que realmente o tempo me rouba o tempo é quando estás aqui, tempo estúpido que se usurpa a si próprio, sequestrando-te de mim.
Era tão mais fácil se quando chegássemos ao momento da nossa vida em que atingimos realmente a felicidade pudéssemos parar o tempo, deixar de viver e ficar enquanto quiséssemos ali, parados, a vivê-lo e revivê-lo, como se nada mais importasse porque a realidade é que nossa vida congelara na pura felicidade. Quando tudo aquilo fosse suficiente para preencher o vazio existencial de cada um e quiséssemos um pouco mais a vida retomaria o seu rumo, sem problemas, apenas com um pouco mais de tempo, mais algumas horas..."
O facto de ser já demasiado tarde apesar de não o ser poderia ter-te afastado, mas não o fez, permaneceste aqui, comigo, numa companhia quase que silenciosa, sem o ser, mas eu sei que vais acabar por ir embora, vais sempre, e eu vou continuar aqui, a enfrentar as horas que ainda tenho até adormecer, até acordar, até te ver outra vez. Talvez me pudessem roubar todas essas horas sem que eu me apercebesse sequer, no entanto, os únicos momentos em que realmente o tempo me rouba o tempo é quando estás aqui, tempo estúpido que se usurpa a si próprio, sequestrando-te de mim.
Era tão mais fácil se quando chegássemos ao momento da nossa vida em que atingimos realmente a felicidade pudéssemos parar o tempo, deixar de viver e ficar enquanto quiséssemos ali, parados, a vivê-lo e revivê-lo, como se nada mais importasse porque a realidade é que nossa vida congelara na pura felicidade. Quando tudo aquilo fosse suficiente para preencher o vazio existencial de cada um e quiséssemos um pouco mais a vida retomaria o seu rumo, sem problemas, apenas com um pouco mais de tempo, mais algumas horas..."
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
coffee break
Adoro café, adoro cheiro a café, adoro que o meu quarto cheire imensamente a café de momento. Se precisarem de mim estou a dedicar tempo ao meu guilty pleasure, so wait.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
The Pagemaster
Lembro-me de ver este filme quando ia para casa de uma prima minha, e adorava-o, é sobre um rapaz que é apanhado por uma tempestade e se abriga numa biblioteca e basicamente é consumido pelas histórias e vagueia entre elas. É tão fofinho. Tenho de o ver outra vez.
estado de latência
As pessoas normalmente queixam-se, eu de momento estou feliz, basicamente conformada com a vida que tenho. Nesta frase pode parecer que a minha vida não é boa, pelo contrário tenho todas as possibilidades e facilidades para ser feliz e sou, o único problema, que acaba por não ser um problema é facto de a minha vida estar estagnada. Não, não é bem estagnada, é mais a desenrolar-se pausadamente, sem nenhum acontecimento estrondoso, sem nada que me abale verdadeiramente, e é nestes momentos de paz que nos dispomos aparentemente a incorrer nos grandes falhanços da nossa existência ou a esforçarmo-nos por ter algo mais.
Eu estou a esforçar-me por permanecer neste estado de latência, em que é fácil respirar, é fácil chorar se quiser, sem o fazer com mágoa, é fácil rir, demasiado fácil que até se torna irritante, é fácil conviver e ser sociável e ao mesmo tempo é muito simples estar sozinha e isolar-me frequentemente, não como um acto depressivo e de refúgio, mas pela facilidade com que posso conviver comigo mesma, tal como o faço com os outros.
E penso que todo este estado de espírito advém de uma percepção de mim mesma, uma aceitação de mim e da minha forma de pensar e viver, porque as pessoas que têm constante necessidade de estar com os outros é porque normalmente não se sentem protegidas quando estão sozinhas consigo mesmas.
Posso afirmar-me feliz e espero que nada abrupto me interrompa.
Eu estou a esforçar-me por permanecer neste estado de latência, em que é fácil respirar, é fácil chorar se quiser, sem o fazer com mágoa, é fácil rir, demasiado fácil que até se torna irritante, é fácil conviver e ser sociável e ao mesmo tempo é muito simples estar sozinha e isolar-me frequentemente, não como um acto depressivo e de refúgio, mas pela facilidade com que posso conviver comigo mesma, tal como o faço com os outros.
E penso que todo este estado de espírito advém de uma percepção de mim mesma, uma aceitação de mim e da minha forma de pensar e viver, porque as pessoas que têm constante necessidade de estar com os outros é porque normalmente não se sentem protegidas quando estão sozinhas consigo mesmas.
Posso afirmar-me feliz e espero que nada abrupto me interrompa.
domingo, 9 de janeiro de 2011
nj
Gosto das músicas todas mas adoro principalmente as que têm um ritmo country/jazz como esta, enjoy.
É uma música feliz que nos permite sorrir por uns intantes e ficar com a melodia na cabeça durante horas, a trautear até que as pessoas nos mandem calar por não pararmos de cantar o refrão que é a única parte que eu recordo, de momento.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Encontrei ontem um concurso de escrita, cujo prémio se resume basicamente à publicação do conto com que se concorre. Eu adoro escrever e quero imenso ter uma ideia maravilhosa para escrever um conto arrebatador para poder enviar e me sentir realizada apenas porque o consegui escrever e neste momento sinto-me frustrada por não me ocorrer nada e por o prazo terminar no fim de Janeiro.
Tenho basicamente quatro semanas e nenhuma ideia.
À espera de uma inspiração provavelmente, talvez caia do céu.
Tenho basicamente quatro semanas e nenhuma ideia.
À espera de uma inspiração provavelmente, talvez caia do céu.
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