domingo, 23 de maio de 2010

Há algo revigorante no ar, uma brisa fresca que se destaca entre a onda de calor que cobre toda a cidade...
Algo mudou, não fui eu, não foram as circunstâncias mas há algo diferente. Uma sensação de liberdade, de possibilidade de escolha.
De neste momento me poder sentar na minha varanda a ver a chuva cair, a sentir o cheiro a terra molhada, a sentir o calor de verão atenuado pelas gotas frias, e sentir réstias dessas mesmas gotas a humedecerem os meus pés após ressaltarem no parapeito. Há ainda o som, grotesco para alguns, da trovoada, da electricidade, da força, de algo que me supera, do belo-horrível, de poder encontrar beleza mesmo nos piores momentos.
Não sei o que vou fazer a seguir, não sei para que casa avançar, qual das casas do tabuleiro será mais favorável para mim, as brancas ou as pretas. Este jogo de xadrez parece um daqueles intermináveis, com recuperação de peças, aniquilação de outras, perdas e vitórias, mas não me apetece premeditar e ponderar demasiado a jogada seguinte, vou apenas mover-me, porque não importa, o jogo vai a meio, ainda ninguém perdeu nem ganhou nada, temos a hipótese de beneficiar ambos. Xeque.

1 comentário:

  1. Ooooh , que lindinha **,
    ahaha , quando me vires com esses sorriso, vais gozar milhões comigo, mesmo :'D

    "Algo mudou, não fui eu, não foram as circunstâncias mas há algo diferente.(...) jogo vai a meio, ainda ninguém perdeu nem ganhou nada, temos a hipótese de beneficiar ambos. Xeque. " Deus , achei intenso mesmo ! :)

    Muitos beijinhos

    ResponderEliminar