O sol já caiu há muito, as ruas estão desertas, fora poucas excepções, algumas almas penadas sem rumo e sem casa.
Para mim os problemas prevalecem. Estou um dia mais velha do que ontem e antes de dormir dedico-me à reflexão acerca das minhas acções. Peço desculpa mentalmente às pessoas que magoei, consciente ou inconscientemente, o meu orgulho neste momento não me permite justificar-me, assim como a minha mente conturbada não encontra justificações ou até mesmo julgamento para os meus actos.
Apenas sei que me dói o peito, estou constrangida com uma realidade que não reconheço, temo por pessoas que me são queridas e que não quero ver magoadas, tento perceber aquilo que quero e aquilo que preciso, mas acho que já sei aquilo que preciso, ou pelo menos aquilo que quero. Que confusão de ideias e incertezas.
Entretanto imagino perder-me também nas ruas de uma cidade morta, escurecida, vazia, tentando encontrar o caminho de regresso a casa, na esperança de encontrar o que quero no percurso, mas sei que tenho de ir mais longe para conseguir isso.
Já não consigo conter os bocejos que o meu corpo, incontrolavelmente, impulsiona, toldando a minha mente para o aviso que este acto reflexo do meu corpo constitui, a necessidade de descansar e perder algumas horas por dia a restabelecer-me. E a sonhar também. Talvez o encontre em sonhos, ou talvez não, infinitas possibilidadse agradáveis.
Quando se trata dos meus sonhos as probabilidades de ter um sonho ou um pesadelo não são cinquenta-cinquenta, são-me mais favoráveis, sendo quase nula a possibilidade de ser atormentada enquanto tento apenas restabelecer-me dos dias fatídicos que sucedem este, para isso chega-me a realidade...
Adorei, como sempre.
ResponderEliminarBeijinhos grandes