quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um momento. Um segundo apenas. Um vislumbre rápido entre o medo e o embaraço. Um ligeiro movimento da cabeça para se poder observar alguém que esperava ver há tanto, e que escapava sempre por tão pouco. Um pouco de sorte. Um pouco de espera. Um pouco de felicidade. Um sorriso.
Já esperava vê-lo mas nunca esperara mesmo vê-lo. Há muito que ansiava por isso mas as oportunidades escasseavam e tudo o que poderia acontecer para evitar isso parecia acontecer sempre.
Um palpitar acelerado no peito. Uma ansiedade brusca, inesperada, momentânea. Um instante que ainda a faz sorrir, independentemente da sua insignificância, da falta de importância e significado para os outros.
Teve sorte, e espera cotinuar a tê-la. Espera poder vir a tê-lo. Um dia... quem sabe.
Espera sinceramente que a cada esquina ele esteja lá, para não a olhar nos olhos, responder monossilabicamente, para ela o olhar, para sorrir com o seu próprio embaraço.
Agora limita-se a suspirar, a sorrir porque finalmente, e após demasiado tempo de espera, já é capaz de evocar as suas feições quando fecha os olhos, já consegue reproduzir a voz dele na sua cabeça, e recordar perfeitamente os seus tiques e manias a falar, a forma como gesticula, a forma como age, a maneira como anda...
Sente-se ligeiramente patética, e que os outros achariam o mesmo se soubessem o que lhe cruza o pensamento, mas a felicidade que sente sobrepõe-se a tudo isso...
Tudo à sua volta permanece igual, mas ela vê tudo ligeiramente diferente, porém nada mudou, apenas ela mudou, apenas o seu sorriso e a sua expressão, e a capacidade de rir e de finalmente deixar os momentos de dor e de infelicidade espontânea para trás. Sente-se livre e sente-se ela própria outra vez...
Estar apaixonada parece ser uma óptima terapia.

1 comentário:

  1. E é a melhor coisa do mundo... fico muito feliz por estares feliz.

    Beijinhos muito grandes

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