segunda-feira, 16 de novembro de 2009

home. [continuaçao]

Que viagem tao longa. A cada quilómetro a pulsaçao acelera, sobressalto-me com cada uma das localidades que se aproximam...
Quero ver-te mas a ansiedade, o medo de sofrer, a vulnerabilidade de que fuhira durante anos, a minha própria pessoa, tudo aflorava progressivamente, tudo aquilo que sou, as fragilidades que apenas tu viras surgiram atordoando-me como um relâmpago.
Cheguei. Pelo que consegui saber continuas a trabalhar no mesmo café onde nos conhecemos, aquele com um fantástico piano de cauda em que ninguém toca e tecto com acabamentoa antigos.
As minhas pernas tremem, espero que a ansiedade nao tenha alcançado os meus olhos, ainda.
Vá lá. Só mais um passo.
Fecho os olhos e empurro a porta, a campainhazinha dourada soa e todos olham a porta como o fazem sempre ali, há coisas que nao mudam.
Tu estavas lá. No outro lado da sala. Olhaste para mim com os teus olhos penetrantes, sustive a respiraçao e tive de recordar a mim própria que tinha de respirar. Vi algo no teu olhar. Sorriste. Vi a minha casa, encontrei-a. Encontrei-te.

1 comentário:

  1. está bué bonito *.*
    a tua escrita está a melhorar, já se nota um bocadinho *.*
    um dia has-de tentar escrever no passado (por exemplo "entrei e abri a porta" em vez de " entro e abro a porta")também te devias dar bem.
    Gostei :D

    ResponderEliminar