domingo, 22 de novembro de 2009

Para quem se quiser aventurar a conhecer-se


Para quem quiser tentar, consiste em responder às seguintes perguntas:

Mania: sou extremamente desarrumada e encontro a minha ordem no caos, tenho a mania de cantar no duche, quando estou sozinha em casa, no carro, no meio da rua. Tenho a mania de decorar pequenas coisas insignificantes como a matrícula de um carro que passou por mim no outro dia, o nome do restaura pelo qual passei, não associo datas às minha memórias, por vezes lembro-me de certas coisas por peças de roupa que usava, por um colar, por um determinado lugar, uma certa palavra, mas nunca nada tão impessoal como uma data.

Melhor cheiro do mundo: o cheiro nostálgico que fica quando as pessoas partem, aqueles odores que pairam no ar quando aquela pessoa tão importante já partiu há muito, a fragrência que nos recodará eternamente daquele momento mágico, da pessoa que nos mudou. Mas o cheiro a terra, quando chove é fantástico, principalmente quando a água da chuva escorre pelos meus cabelos e me recuso a sair de debaixo daquele fantástico fluxo de água.

Se o dinheiro não fosse problema: Corria o mundo não olhando para trás, comprava uma casa no meio de uma floresta, isolada do mundo, no meio da natureza, um mundo só meu, o meu refúgio.

Habilidade doméstica: acho que não tenho nenhuma, não sou propriamente adepta das tarefas domésticas, prefiro pensar que ainda não descobri essa minha habilidade...

O que não gosto de fazer em casa: limpar o pó (a alergia mata-me quando o limpo)

Frase preferida: não sei ao certo mas se tivesse de escolher apenas uma diria: “O coração tem razões que a propria razão desconhece.”

Passeio para o corpo: uma caminhada debaixo da chuva, descalça, caminhando na relva, sentindo a roupa a colar-se ao corpo, os cabelos a pingar, os pés a tocarem a terra molhada, água até ao mais profundo de nós, a natureza, o equilíbrio, tudo isto numa simples caminhada à chuva.

Passeio para a alma: andar sem rumo numa cidade desconhecido, onde ninguém reconhece a nossa cara, onde não temos um passado, apenas um presente e uma possibilidade de futuro, um local onde as questões mundanas desaparecem, onde podemos ser quem quisermos, como quisermos, pensarmos o que quisermos. Ou então, uma aldeiazinha remota, escondida atrás das montanhas onde as pessoas conhecem apenas aquilo que queres mostrar, onde ninguém me questiona a não ser eu própria, um local natural, único, que me permita sonhar. Ou um simples passeio por um lugar desconhecido por muitos, perto de uma cerejeira.

O que me irrita: a hipocrisia, pessoas que querem mostrar mais do que aquilo que são, que inventam uma personalidade que pode agradar aos outros mas não se verifica em nada na sua própria personalidade, pessoas que deixam a vida passar-lhe à frente, sem reagirem, sem viverem.

Frases ou palavras que uso mais: A sério?

Palavrão mais usado: merda

Vou aos arames quando: as pessoas falam mal de mim e depois sorriem descaradamente na minha cara, quando me mentem, quando se aproveitam dos meus momentos de fragilidade para me repreender infundamentadamente

Talento oculto: provavelmente o meu jeito para a comédia e para dizer as coisas directametne às pessoas até mesmo insultá-las sem que elas percebam que o estou a fazer (às vezes era bom que percebessem)

Queria ter nascido a saber: que as pessoas me magoam e desiludem muito facilmente, que nunca hei-de gostar da pessoa certa, gostava de ter nascido a saber que não há ninguém perfeito para mim porque as pessoas imperfeitas são as que apresentam a maior perfeição aos meus olhos e as que me cativam de forma inesperada.

Tentem também, não é tão fácil quanto parece, mas é uma boa forma de nos tentarmos perceber a nós próprios e tentarmos aproximar-nos um pouco mais da resposta à pergunta "quem sou eu?" que penso que nunca vou conseguir responder na plenitude. Abram-se para o mundo e mostrem um pouco de vocês.

1 comentário:

  1. Gostei muito do que disseste sobre ti, pareces uma pessoa extraordinária.

    Beijinhos

    P.S. És muito parecida comigo em algumas coisas. Pensava que eu era a única doida no mundo a adorar andar à chuva.

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