quarta-feira, 25 de novembro de 2009

My sister's keeper

Ontem vi um filme magnífico, não tenho palavras suficientes para o resumir, porque não há nada que me ajude a explicar o que senti ao ver aquilo.

O filme é "My sister's keeper" ou em português "Para a minha irmã".
É um filme maravilhoso com Cameron Diaz interpreta o papel de uma mãe que luta a todo o custo para manter a filha viva, Abigail Breslin é a irmã mais nova, sujeita constantemente a procedimentos médicos para manter a irmã viva, Sofia Vassilieva (participa na série Medium que sigo regularmente), é a atormentada rapariga com cancro.
Trata-se de uma família, abalada com o adoecimento da filha. Esta tem cancro e nem os pais nem o irmão são compatíveis a 100%. Perante isto decidem ter uma outra filha, gerada em laboratório através da manipulação dos cromossomas para que haja uma compatibilidade perfeita.

À irmã mais nova que nasceu para salvar a irmã, mantê-la viva, retiram-lhe sangue, medula, dão-lhe injecções para produzir mais células e mais tarde lhas retirarem para a outra irmã. Tudo isto pode parecer muito cruel mas neste filme não me senti preparada para julgar nenhuma das atitudes, nem dos pais, nem da irmã, nem da própria Kate (a irmã com cancro).

Anna nunca se queixou por todas as situações a que era sujeita por causa da irmã Kate até que lhe pediram para dar um rim à sua irmã, a partir daí a família parece desmoronar-se, principalmente quando Anna contrata um advogado para adquirir a sua "emancipação médica".

No meio de toda esta trama temos a oportunidade de conhecer as vivências da adolescente Kate, rapariga de 15 anos, que viveu, amou, sonhou, riu, e sofreu mais do que muita gente com o dobro da sua idade, vemos as dificuldades emocionais que toda a família ultrapassou, todo o amor, a dura realidade da morte de Kate ser praticamente inevitável, a luta constante da mãe para não deixar morrer a filha, a irmã mais nova que pela primeira vez na sua vida decide ser egoísta e luta para manter o seu rim...

Inicialmente fiz certos juízos de valor em relação às atitudes das personagens, mas quando nos familiarizamos com as suas vidas, os problemas que encaram, todas as dificuldades acrescidas suportadas por aquela família, quando nos pomos na posição de cada uma das diferentes personagens sentimo-nos incapazes de os julgar, é um filme que trata um tema complicado, duro, mas muito real. Leva-nos a questionarmo-nos em relação àquilo que faríamos numa situação semelhante, à nossa atitude se algo assim acontecesse com a nossa família. Fala de amor, amor puro e simples, de vivências únicas, de dor...

Uma das partes que mais me tocou no filme é quando a rapariga se apaixona por outro rapaz com cancro, e eles começam a namorar, e uma noite, num suposto baile do hospital fazem amor (não lhe posso chamar sexo porque foi mais que isso), nos três dias seguintes a rapariga tenta ligar-lhe e ele não atende, aí ela desespera, deprime, sente que foi pela forma como as coisas aconteceram...
Ela chora inconsolavelmente e diz à mãe o que aconteceu num ataque de raiva e de dor, a mãe sai do quarto e dirige-se à enfermeira perguntando pelo rapaz, o olhar daquela senhora diz tudo e nesse momento também eu sofri com a morte desse rapaz, a dor que ela já sentia agravada com a sua partida definitiva, não consigo imaginar quão doloroso é algo assim...

Eu aconselho este filme a pessoas que se interessem pelos outros e não tenham medo de ver algo que vos pode tocar, a mim tocou-me e admito que chorei durante o filme todo...

Para verem o trailler:

3 comentários:

  1. Ai , esse filme só pelo trailler vende milhões mesmo ! :')

    Já temos mais um filme para a nossa maratona de cinema Andreia. ;D

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  2. Parece ser maravilhoso, mas tenho certeza de que preciso de me animar um pouquinho primeiro porque ando feito uma madalena arrependida a chorar por tudo e por nada.

    Beijinhos

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  3. eu estou a planear ler o livro *.* deve ser fantástico, apesar de eu ser um pouco sensivel nessas coisas.

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