domingo, 8 de novembro de 2009

Sem sentido aparente

Estou feliz. Não sei qual a razão para estar assim, não sei quando surgiu, de onde veio, mas sinto-me feliz... Apetece-me saltar, andar pela rua a cantar musiquinhas engraçadas, a fazer figuras sem me importar com os olhares pousados em mim, a pensarem que endoideci, sem verem que apenas voltei a viver...
Apetece-me andar descalça apesar de lá fora o orvalho gelado molhar a relva e o ar não ultrapassar os 10º C, apetece-me deitar lá fora e olhar o céu, ouvir o silêncio, ouvir os sons da cidade, vozes...
Sorrir. Rir. Chorar no meio de gargalhadas descontroladas, até chegar a uma altura em que não me lembro da razão pela qual comecei a rir.
Quero voar, lá bem alto, lembrar-me por instantes dos momentos infantis em que sonhava voar com os pássaros e percorrer o mundo com uma vista privilegiada...
À minha volta não há aquelas cores pastel, cinzentos, pretos, a minha visão hoje está ligeiramente alterada... como se tivesse caído directamente na toca do coelho e tudo à minho volta fosse confuso e sem sentido...
Vejo cores garridas, um mini sol pendurado no tecto, as paredes brancas estão mais coloridas que o arco-íris, um cascata desde a minha janela, animais a falar do lado de lá, onde estou eu?

-Coelho branco, espera aí, onde vais?
-Estou atrasado...
-Espera por mim...

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