Estou deitada no meu quarto, a tentar perceber como é que tudo aconteceu, como é que por uma coisa sem nexo aparente deixaste de me falar.
Tapo-me com os cobertores tentando fugir à realidade, refugiar-me da ideia que tanto me magoa de que não estás sequer preocupada comigo. Choro, porque nada mais posso fazer. Olho em meu redor e tudo me parece negro, extremamente escuro, vejo os monstros que me perseguem nas paredes a rodear-me. Mas não são monstros sou apenas eu.
Levanto-me um pouco para tentar olhar-me ao espelho e ver a situação de uma perspectiva diferente. Sobressalto-me com a imagem que reflecte. Eu estou lá mas diferente, a expressão não é a minha, não estou ali na plenitude do meu ser. Apareço incompleta, quase vazia. Tento olhar para outro lado mas a minha própria imagem persegue-me.
Quando olho para o lado oiço alguém sussurrar algo ao meu ouvido:
-Não vale a pena fugires. Eu vou estar sempre aqui.
Olhei e vi-me a mim. Não, não era eu, não era o espelho era a minha imagem reflectida no espelho, eu a assombrar-me a mim própria, eu como o meu próprio pesadelo.
Viro a cara, assustada com a estupidez do que vi, ou julguei ter visto.
Olhei novamente esperando que o delírio, alucinação, ou lá o que fosse já tivesse passado. No entanto ela continuava lá. Eu permanecia ali.
Que lata Andreia... Olha que tu estas com uma moral para me dares aqueles concelhos... ;)
ResponderEliminarO titulo, bem, eu explico-te mais tarde, mas foi o que desencadeou a história toda... Não lhe tinha caido um braço por me ter agradecido no jantar de turma por causa do esforço, o por me ter desejado um feliz natal, mesmo sem olhar para mim! Não lhe tinha custada absolutamente nada!
Quanto ao teu texto, está simplesmente WOU! +.+
Achei fantástico mesmo, para muitas pessoas o seu pior inimigo é elas mesmas, e achei que expressaste isso na perfeição. Outro texto muito bom, como já me tens vindo a habituar. :)
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