Agora que basicamente decidi o que quero perdi parte da probabilidade de o ter, e ele perdeu também, porque quem sai mais prejudicado nesta situação é ele e eu sou um simples efeito colateral, e ele nem sequer imagina.
Agora enfrento o dilema de tentar, quando já tinha decidido que o ia fazer, porém tentar ainda mais afincadamente devido às situações que se desenrolam paralelamente a esta minha paixão. Ele não sabe, espero eu, mas foi agradável saber que se lembrou de mim, saber que se dirigiu quase que imediatamente a mim e me contou a desagradável notícia de que provavelmente ia embora.
Não embora mesmo, mas que se ia afastar, os motivos dele não importam para o caso, até porque o ultrapassam a ele e toda esta situação lhe desagrada.
Porque é que as pessoas de quem gosto acabam por ir embora? Se afastam por algum motivo... Espero que as poucas que me restam não se lembrem também de se evaporar como que por magia...
Gostava que as coisas fossem mais simples para ele, e consequentemente mais simples para mim. Ai, quem me dera não ser tão atada e ter agido quando podia, e devia, quando ainda tinha quase a certeza de que o ia ver todos os dias e que assim podíamos evoluir, mas decidi esperar, e quando aceitei agir a situação descontrolou-se e sem a minha intervenção ele está a ser obrigado a afastar-se, não só de mim mas de toda a gente.
Apenas porque agora não é Verão e as pessoas já não estão cegas, apenas porque as pessoas têm tendência a controlar e a tentar decidir o que é certo, quando a mesma realidade não se aplica a todas as pessoas, não devemos tomar uma decisão apenas para nos livrarmos do problema mas sim porque achamos que é o melhor para a pessoa, não está certo desistir assim das pessoas.
Só espero que ele estivesse a brincar comigo, a tentar assustar-me dizendo que ia embora, mas estou mentalizada de que não se trata disso. Sei também que amanhã a aula de filosofia vai ser absolutamente monótona, sem ele a meter-se comigo, a falar comigo, porque quando olhar para trás ele não vai estar lá, apenas uma cadeira vazia que não preciso de ver.
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