sábado, 30 de janeiro de 2010

oh...

Que dia fatídico o de ontem, cansaço imenso que ainda hoje me entorpece e me leva a movimentos demasiadamente pausados e mortos...
O dia passou intercalando os momentos de depressão e tristeza com as situações cómicas e minimamente mais felizes. Chorei por sentir que toda a gente a seu tempo me estava deixar, sentimento despoletado por uma falsa ameaça que eu já sabia não corresponder à verdade, mas que apenas a ideia de ver a pessoa de quem sou mais próxima partir também, assim, de repente. Os de quem gosto acabam por ir sempre e mesmo que tente não o consigo evitar... Não me cabe a mim fazer isso mas podia depender de mim, já que a minha felicidade (ou tristeza) depende da sua presença.
Enquanto corria o botão do meu casaquinho caiu, o que não seria nada de especial não se tivesse partido parte do tecido que prendia o botão e que é uma linha de tecido contínua, interrompida naquele ponto, maldita gravidade...
Temos o momento na aula de Filosofia em que a Sofia se esforçou por preencher o espao vazio que havia atrás de mim, e que nunca esperei que me fizesse tanta falta, não sei se deva ficar chateada com o raio do rapaz por se colocar nesta situação (e consequentemente a todos os outros que têm de lidar com a sua ausência) ou ficar apenas pelo sentimento de nostalgia que ficou.
Quando saí do meio das pessoas que lidavam com esta situação de ânimo leve, como se fosse completamente normal, como se ele fosse uma presença insignificante, senti-me aliviada por ninguém se ter dirigido a mim, comentando a minha expressão taciturna, cansada, que perdera definitivamente a esperança de ele estar apenas a tentar incomodar-me ao dizer que ia embora, depois um jantar sem marcação prévia, um convívio necessário para que eu conseguisse sorrir minimamente.
Uma caminhada longa, a correr quase toda a cidade, falando ininterruptamente, rindo de vez em quando, gravando momentos ridículos, cantarolando uma música dos Muppets, deprimindo esporadicamente.
Nunca pensei que me fizesse tanta falta, mas não tenciono desistir tão facilmente devido à adversidade da situação, à sorte ou azar que tenho, porque mesmo não o conhecendo na totalidade, desconhecendo quase todos os pormenores da vida dele, não consigo pôr esta paixão de lado.

1 comentário:

  1. Tenho muita pena que estejas a passar por algo assim, gostava de ter uma varinha mágica e resolver tudo o que se passa… mas não tenho… de qualquer maneira podes sempre contar comigo.

    Beijinhos

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